Falo de contradição e ambivalência, da vida que permeia os nossos conflitos e realizações, que não espera tudo se acomodar para acontecer, pelo contrário: ganha força e projeção justamente nos desertos, penhascos e travessias que fazemos. Falo sobre invisibilidade. O sentimento que nos invade quando perdemos os olhos externos que outrora nos cercavam. Aqueles espelhos tão conhecidos. E a importância de aprender a se enxergar, se testemunhar e se celebrar, perceber o próprio caminho para que seja possível se reconhecer e, então, se ocupar de si e dos nossos espaços no mundo.
Um lugar de si é sobre tudo isso. É sobretudo sobre o atrevimento de ser vista sonhando, desejando, ocupando… sendo do próprio tamanho: nem maior, nem menor, mas na medida certa. A minha.
Um lugar de mim é sobre seguir acreditando: na vida, no amor, nas pessoas. Em si mesma. Na própria capacidade de seguir adiante e se reinventar. Na rede que me cerca, na convicção de que caminhos individuais não são percorridos isoladamente, pois eles podem ser feitos no plural. […]
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Aceitar quem eu sou, as minhas escolhas, o que eu quero pra mim. Querer poder me esticar, sem me rasgar, sem me encolher ou me alongar demais, mas ser do meu próprio tamanho. Eu diria que, pra mim, nesse momento da minha vida, é isso que representa. […]
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